Os Rios do Brasil Estão Secando e o Mesmo Acontece com o Rio Tanguá na Divisa com Rio Bonito
Foto - rio Tanguá praticamente seco, na divisa entre Rio Bonito e Tanguá, estado do Rio de Janeiro (12 de outubro de 2015).
Os rios do nosso Brasil, assim como de diversas regiões do mundo sofrem com a degradação ambiental. Os desmatamentos, principalmente ao redor das nascentes, fazem com que a vazão dos rios diminuam. A crescente urbanização transforma rios caudalosos em valões, onde são despejados todo o tipo de lixo e a poluição condena à morte a biodiversidade.
Desde o verão de 2014 que os rios da região sudeste apresentam sua vazão muito reduzida. Aqui na região, na encantadora cidade de Rio Bonito, estado do Rio de Janeiro, onde eu (Newton Almeida) moro, não é diferente. Ano após ano estamos acompanhando a diminuição das águas do rio Tanguá, que também é chamado de rio Tomascar, pois lá em Tomascar, aos pés da Serra Redonda, na divisa de Rio Bonito com Saquarema e com Tanguá, é que esse rio é mais conhecido e visitado, na Cachoeira de Tomascar.
Lá pelo ano de 2001, quando fui Secretário de Meio Ambiente de Rio Bonito, comandei um projeto de despoluição das águas do rio Tanguá, que teve êxito. Um morador do local, Amilse Rosa me procurou, pois os turistas que frequentavam a cachoeira de Tomascar, e o restaurante da Marilene e Ninil Rosa, estavam se queixando de coceiras pelo corpo. Conseguimos instalar tratamento de esgoto (fossa e filtro) em todas as residências no entorno e realizamos diversas palestras sobre doenças de veiculação hídrica e educação ambiental. Ao final de um ano, as constantes análises de água registraram a ausência de coliformes e a despoluição da Cachoeira de Tomascar.
No dia 12 de agosto de 2015, estou de volta à Cachoeira de Tomascar, e lembrando dos trabalhos que realizei, e novamente estou lá à trabalho, agora sou Secretário de Turismo de Rio Bonito, fui conduzir um grupo de cinquenta turistas, e após percorrermos o centro de Rio Bonito fomos à Cachoeira de Tomascar.
Conversei com Ninil Rosa que está apreensivo, muito mais do que quando o conheci em 2001, porque a vazão da água na cachoeira de Tomascar está mais fraca do que nunca. As chuvas não estão caindo, e as nascentes, que restaram, estão muito fracas. Pelo menos estamos contentes porque o restaurante está lotado de turistas, de diversas cidades da região, trazendo a alegria ao local e garantindo sustento de mais de uma dúzia de famílias.
Conversei com Ninil Rosa que está apreensivo, muito mais do que quando o conheci em 2001, porque a vazão da água na cachoeira de Tomascar está mais fraca do que nunca. As chuvas não estão caindo, e as nascentes, que restaram, estão muito fracas. Pelo menos estamos contentes porque o restaurante está lotado de turistas, de diversas cidades da região, trazendo a alegria ao local e garantindo sustento de mais de uma dúzia de famílias.
Voltando da minha missão de difundir o turismo em Rio Bonito, eu aproveito para retornar pelo lado de Tanguá, para poder observar o rio Tanguá do alto da ponte da BR 101 (Auto Pista Fluminense) na divisa entre Tanguá e Rio Bonito. O rio Tanguá está praticamente seco (foto abaixo). A vegetação tomou conta da superfície, transformando rio Tanguá em um leito pantanoso.
Observem outras fotos que tirei desse mesmo ponto em diferentes datas, e vejam se não é muito preocupante ver esse rio praticamente seco.
Acima - foto do rio Tanguá em 06 de abril de 2010, quando aconteceu a tragédia ambiental / climática no Morro do Bumba em Niterói e em diversos outros locais do estado do Rio de Janeiro (300 ml de chuva em único dia que deixou cerca de 250 mortes).
Acima - rio Tanguá com a vazão normal, em 13 de maio de 2010.
Acima - foto do rio Tanguá em 06 de abril de 2010, quando aconteceu a tragédia ambiental / climática no Morro do Bumba em Niterói e em diversos outros locais do estado do Rio de Janeiro (300 ml de chuva em único dia que deixou cerca de 250 mortes).
Acima - rio Tanguá com a vazão normal, em 13 de maio de 2010.
Acima- rio Tanguá (BR 101, divisa entre Tanguá e Rio Bonito) no dia 25 de janeiro de 2011.
Precisamos encarar com muita seriedade essa situação. Para reverter esse quadro é fundamental o plantio de árvores. Cada um pode plantar uma árvore e cuidar para que cresça e cumpra sua função de infiltrar no sub-solo as águas das chuvas, de bombear umidade ao ar, de diminuir a erosão, de diminuir a poluição do ar e diminuir o nível de ruídos e poluição sonora, de manter a biodiversidade.
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