terça-feira, 13 de maio de 2014

Água no Brasil : Água no Mundo : Poluição da água : Água Potável

    "     Disponibilidade Hídrica 

         A água, de múltiplos e variados usos, está se tornando uma mercadoria cada vez mais rara e de maior valor. Bem finito e vulnerável, a água, como tal, precisa ser preservada. É de vital importância que se rompa também com a cultura do desperdício, que no Estado do Rio de Janeiro beira os 40%.  

   Especialistas já admitem que neste século poderão se acirrar as disputas por causa desse recurso natural tão importante para a sobrevivência humana e economia das Nações.

Acima - Cachoeira do rio Mambucaba, no Parque Nacional da Serra da Bocaina (Foto IEF/Lagief). 

                Mundo de água
   Os números disponíveis  mostram que o planeta Terra tem 70,8% da sua superfície terrestre cobertos por água, ou 1,38 bilhão de quilômetros cúbicos. Por isso é azul, quando vista do espaço, ou inspira canções como "Planeta Água".
   Da água existente, 97% são salgadas (mares e oceanos). Dos 3% restantes, 76% formam as calotas polares e geleiras permanentes, 22% estão no subsolo e apenas 2% constituem as águas doces dos rios, lagoas e lagos. A água doce, fundamental à sobrevivência humana, existe apenas em áreas continentais do Planeta. 
   Daí a necessidade de preservar e administrar bem tais recursos, diante da perspectiva do contínuo aumento da população mundial e, portanto, do aumento quase exponencial da demanda de água doce, associado à crescente degradação dos ecossistemas aquáticos. Por isso, já se discute em fóruns internacionais a chamada crise de água doce, neste milênio. 



               Planeta Terra 
   A explicação para tanta água na maior parte da superfície terrestre é dada por cientistas. Acreditam que  a água estaria contida em compostos rochosos (silicatos hidratados) até a terra se formar. A água teria sido liberada, depois, em estado líquido, quando as rochas esfriam, num dado momento do primeiro bilhão  de anos da história do Planeta.
   Para outros estudiosos, tudo deve ter começado com as densas nuvens de gases e vapores vulcânicos que se formaram quando a crosta terrestre entrou no processo de resfriamento. Sob os efeitos das radiações solares, desencadearam-se reações químicas nos átomos de oxigênio e hidrogênio. E pesadas nuvens se precipitaram em chuvas torrenciais, talvez durante séculos, sem parar. Assim, as águas ocuparam todas as grandes depressões da crosta terrestre, formando os oceanos, mares e lagos.
   Com o crescimento da população, o ciclo da água está cada vez mais ameaçado pelas queimadas, pelos desmatamentos, esgotos, despejos industriais e lixo jogados nas lagoas, nos rios, mares e oceanos. Principal bem natural da Terra, devemos proteger a água e não desperdiçá-la. 

               No Brasil
   O Brasil detém um terço  de toda  a água doce disponível no Planeta. Pensando  nesse volume e talvez considerando-o inesgotável, parcela da população, de empresários, donos de indústrias e até de entidades públicas, continuam poluindo os rios e o mar, sem dar a devida importância aos malefícios que tais ações acarretam ao ambiente e ao próprio ser humano.
   Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente - Unep, em 1991/92, o consumo total de água - doméstico, industrial e outros -, no Brasil, em 1987, foi de 580 litros. Desse total, coube ao consumo doméstico 43% (250 litros/dia por pessoa); 40% foram consumidos pela agricultura, e 17% pela indústria. Em outros países, o consumo doméstico por dia/habitante de água verificado  em 1990 registra, por exemplo : Estados Unidos, 500 litros; Suécia, 250 litros; Itália, 230 litros ; Alemanha, 145 litros; Holanda, 120 litros; França, 110 litros e Rio de Janeiro, 250 litros/habitantes por dia, em 2000.  

Acima - Cachoeira em Atalanta (Vale do Itajaí / SC ; foto Revista Senac nº 2) . 

Acima - A Região Amazônica armazena 80% de toda a água superficial do Brasil (foto Eco 21 - nº 43). 

                      Preocupante poluição

   Desde os tempos da Colônia, registram-se problemas com a poluição das águas. No Século XVII, por exemplo, criou-se até uma lei que proibia os donos de porcos de sujarem os rios. Mas, de lá para cá, a sujeira só tem aumentado. 
   No  Estado do Rio de Janeiro, rios, riachos, regatos e córregos, cachoeiras e lagos, arroios e ribeirões determinam a grande variedade dos recursos hídricos. Alguns encontram-se preservados, belos e úteis. Outros, não recebem da população e autoridades o devido cuidado para mantê-los limpos. 
   Ainda hoje, no Brasil, muita gente não reconhece os rios, lagoas e lagos como uma fonte de vida. Em nosso país, são poucas as cidades que tratam seus rios com cuidado. No fundo das casas, são o natural escoadouro de dejetos domésticos e de lixo. 
   As enormes quantidades de agrotóxicos e fertilizantes de uso agrícola podem acarretar aos corpos receptores - rios, lagoas e lagunas - a proliferação de algas que se alimentam dos fertilizantes trazidos dos campos pelas chuvas. As algas produzem substâncias tóxicas, podendo tornar a água imprópria ao consumo humano e à fauna aquática. 
   Pesquisa do Departamento de Biologia Celular e Genética da UERJ (Universidade do estado do Rio de Janeiro) revelada em julho de 2000, mostra que os  agricultores do estado  do Rio de Janeiro usam  45 tipos de agrotóxicos, sendo  que 13 deles têm uso proibido em vários países. 
   Legumes como couve, brócolis, vagem-macarrão e tomate, além do morango, coletados em feiras-livres e hortomercados, em maio e junho  de 2000 pela  UERJ, apresentaram resíduos de agrotóxicos acima dos limites toleráveis pelo organismo humano. 
   Se legumes e frutas estão com essa  sobrecarga de contaminantes, isso pode  indicar que parcela dos agrotóxicos utilizados em excesso esteja indo para o solo, subsolo e águas superficiais, contaminando-os também. 

          São requisitos básicos para a água potável ser considerada de qualidade :
-   Ser  transparente
-  Estar livre de organismos patogênicos (transmissores de doenças)
-  Estar livre de compostos que afetem o seu cheiro ou seu sabor
-  Conter baixas concentrações de elementos ou compostos que são tóxicos, ou que possam afetar a saúde das pessoas, mesmo a longo prazo, como o chumbo, mercúrio, etc.
-  Conter baixo índice de salinidade (baixas concentrações de cloro, sódio, etc.)
-  Não ser corrosiva                          "

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Fonte : Livro - Ambiente das Águas; Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - SEMADS ; Projeto Planágua SEMADS / GTZ de Cooperação Técnica Brasil - Alemanha , setembro / 2001 

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